Medição de Potenciais de Passo e Toque: Saiba Como é Feito

Medição de Potenciais de Passo e Toque: Saiba Como é Feito

Medição de potenciais de passo e toque. O que é?

Ao contrário do que muitos pensam, os potenciais de toque e passo, não estão presentes o tempo todo em uma subestação. Não é uma carcaça de um transformador energizada. 

Esses potenciais aparecem em um momento de uma falta à terra ou em um transitório (descargas atmosféricas).

Eles são perigosos? Com certeza! Em alguns casos são fatais.

Como nunca se sabe quando ocorrerá uma falta ou um surto transitório. Pois é algo totalmente imprevisível. 

É imprescindível que conheça muito bem seu sistema, corrigindo para que pessoas e animais possam estar em segurança. 

Animais? Sim, como veremos a seguir, os potenciais mais perigosos acontecem nas periferias das subestações, e nessas áreas podem transitar animais.

Como saber os locais e as grandezas dos potenciais?

Esse reconhecimento é realizado logo no projeto. Aliás, um dos pontos mais importantes do projeto de aterramento é o controle de potenciais perigosos.

Projetar a malha para que se tenha uma menor resistência é sim um dos objetivos, mas identificar os potenciais e saná-los é tão importante quanto. Pois é um risco fatal à vida.

Após o projeto e a execução da malha é realizado os ensaios de comissionamento, averiguando em campo se os potenciais estão abaixo dos limites estabelecidos em projeto.

E periodicamente também é realizado os ensaios, pois a malha pode sofrer alterações (como a alteração da corrente de falta à terra por exemplo, que pode aumentar conforme alterações no ONS), ampliação da malha e talvez até danos com o tempo.

Leia também: 6 benefícios de um Projeto de Aterramento adequado

Medição de Potenciais de Passo e Toque:

Como são realizados os ensaios?

Para o teste precisa de dois equipamentos essenciais, um deles é uma fonte de corrente e o outro um milivoltímetro.

Para fonte de corrente pode-se usar um transformador isolador, um grupo-gerador ou um equipamento específico para este tipo de ensaio.

Tendo os equipamentos prontos, é necessário realizar a injeção de corrente na malha utilizando também de uma malha auxiliar, que deverá estar a uma distância de no mínimo 5 vezes a maior diagonal da malha.

É necessário também que os cabos guarda das linhas de transmissão sejam desconectadas da subestação submetida ao teste. 

Caso não seja realizado a corrente do ensaios poderá se dissipar  pelo cabos guardar e assim, tende-se a um valor errôneo. 

Tomada as devidas precauções, circulando a corrente na malha realiza então as medições com o milivoltímetro.

Com hastes auxiliares, procede-se como abaixo:

Investigação de potencial de toque.

Investigação para potencial de passo.

Realizando as medições dos milivolts sobre uma resistência de 1kohms (simulando a resistência do corpo humano).

Aplica-se a fórmula abaixo:

Em que:

VR – É a tensão real durante uma falha para a terra, expressa em volts (V); 

Ve – É a tensão medida durante o ensaio, expressa em volts (V);

IM – É a corrente de malha, expressa em ampères (A);

Ie – É a corrente de ensaio, expressa em ampères (A).

Realiza-se também a investigação sobre a brita ou piso. Para isso necessita de pesos em vez de hastes, assim os pesos terão que ter 200cm² de área de contato e 25Kg cada. Assim procede-se da seguinte maneira:

São realizadas medições sobre uma resistência de 1 kohms e 3 kohms e aplicada na seguinte fórmula.

A Cezário possui equipamento sofisticado e potente para esses ensaios. Milivoltímetros que simulam o corpo humano, e fonte de correntes potentes para o terreno do Brasil, principalmente regiões semiáridas. 

Com uma fonte de corrente capas de gerar até 500 volts de saída. Podendo ter saídas de correntes de 50A, 10A e 5A.

Leia também: Projeto de aterramento – como fazemos?

Medição de Potenciais de Passo e Toque:

Conclusão

Neste artigo vimos que os potenciais de toque e passo podem aparecer em um momento de uma falta à terra ou em um transitório, e por serem imprevisíveis podem ser fatais.

Ainda no projeto do aterramento é feito o reconhecimento dos locais e grandezas dos potenciais perigosos.

Em seguida, são feitos periodicamente os ensaios de comissionamento, para averiguar se os potenciais estão abaixo dos limites estabelecidos em projeto.

Nos ensaios são utilizados uma série de equipamentos próprios e procedimentos técnicos que apenas uma empresa com experiência pode proporcionar.

Se você possui alguma dúvida sobre este ou outros assuntos de engenharia elétrica, clique aqui para conversar com um especialista.

Compartilhar: